“Você não acordou para ser comum”. Esta é a frase que inspira a polonesa Iga Swiatek a não permanecer na mesmice e a buscar o seu lugar como uma das maiores tenistas da história.
Aos 23 anos, Swiatek não é somente a tenista #1 do mundo como também a grande sombra de suas adversárias — e das jogadoras que já encerraram suas carreiras há muitos anos.
Explicando: Apenas Chris Evert (7), Steffi Graf (6) e Justine Henin (4) igualaram ou têm mais troféus no Aberto da França do que a polonesa.
Quando coloco a cabeça debaixo do travesseiro, estou preocupado com a Iga.
Chris Evert ao Eurosport
Ao todo, são 35 vitórias e apenas 2 derrotas em Roland Garros, um início de trajetória muito semelhante ao de seu ídolo Rafael Nadal, que conquistou o torneio em 14 oportunidades.
Tudo começou por birra de irmãs
O início de Swiatek no tênis começou de uma maneira um tanto quanto curiosa. Seu pai, Tomasz Świątek, incentivava suas filhas a praticar esportes.
Ele foi um importante remador, chegando a participar dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
Agata, a filha mais velha da família, escolheu o tênis, caminho que Iga posteriormente também seguiu para vencer justamente a sua irmã. Dá pra acreditar?
(Imagem: X | Reprodução)
A insistência de seu pai fazia com que Swiatek não largasse a modalidade, começando a conquistar os primeiros títulos aos 13 anos no circuito júnior da ITF.
Os rumos mudaram dois anos depois, quando a garota participou de seu primeiro Grand Slam Junior, justamente em Roland Garros.
Encantada com a atmosfera da competição e com a presença “de pertinho” de Rafael Nadal e Serena Williams, Iga voltou para casa sem o título, mas determinada a melhorar cada vez mais.
🏆 E como melhorou. Em 2018, ano que completou 18 anos, essas foram as principais conquistas da polonesa no juvenil:
Campeã nas duplas em Roland Garros;
Título de simples em Wimbledon;
Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude.
Como se isso não bastasse, Swiatek também teve um ótimo desempenho no profissional, fechando o ano na 175ª posição.
Dois anos depois, o começo de uma história de amor 🇫🇷🇵🇱
Em sua 2ª participação como profissional em Roland Garros, Iga entrou como #54 do mundo e, sem perder um set, saiu com a taça na mão, tornando-se a primeira polonesa — entre homens e mulheres — a conquistar um Grand Slam.
Além disso, foi a tenista mais jovem a faturar o Aberto da França desde Rafael Nadal em 2005, no masculino, e Monica Seles em 1992, no feminino.
O feito se repetiu em 2022, ano no qual Swiatek realmente se consolidou como a número #1 do mundo. Além do bicampeonato no saibro sagrado, esses foram os resultados da polonesa:
Taça do US Open — seu 3º Grand Slam;
Mais 6 títulos e um recorde de 67 vitórias e apenas 8 derrotas na temporada.
No ano seguinte, ela manteve o bom desempenho, conquistou seu terceiro caneco em solo parisiense e outros 5 títulos — incluindo as Finais da WTA — para fechar 2023 como #1 do mundo pelo 2º ano seguido.
Este ano, o caminho para o tetracampeonato em Roland Garros pode até ter sido “tranquilo” em vários momentos, mas certamente terá um gosto mais do que especial para a polonesa.
Curiosidade para fechar. A polonesa tem mais de 100 semanas no topo do ranking da WTA. Ela até chegou a perder a posição para Aryna Sabalenka, mas em menos de dois meses retomou o seu posto de #1.
No masculino, Carlitos brilhou 🇪🇸
(waffle studios)
Aos 12 anos de idade, Carlos Alcaraz relatou que seu grande objetivo era se tornar um tenista profissional campeão de Roland Garros. Clique aqui para ver o vídeo.
Menos de 10 anos depois, em uma final épica — a 2ª mais longa da história de Roland Garros —, o espanhol bateu Alexander Zverev por 3 sets a 2 e transformou esse grande sonho em realidade. Isso que é mentalizar.risos.
Com a vitória, o espanhol se tornou o tenista mais jovem (21 anos) a ser campeão de um Major nas três superfícies, após triunfar nas quadras rápidas do US Open em 2022 e na grama sagrada de Wimbledon no ano passado.